Um morador de Sorocaba (SP) diz ter sido atingido por um raio enquanto andava de bicicleta na rodovia Castello Branco. Leonilson Pereira, de 43 anos, relata ter ficado desacordado por meia hora. Ele ficou três dias internado na UTI de um hospital da cidade.
Leonilson contou que foi pego de surpresa pelo temporal que atingiu a região no sábado (17). “Eu estava pedalando quando percebi uma mudança no tempo, decidi voltar para minha casa, no caminho o raio me atingiu. Um motorista que passava pela rodovia e presenciou o acidente foi quem chamou o resgate”, lembra.
Após a chegada do resgate, ele foi levado até um hospital de Sorocaba, onde precisou ficar internado na UTI por três dias. Leonilson teve queimaduras de segundo grau no ombro, pescoço, nas costas e no rosto. Além disso, precisou levar oito pontos na testa.
“Todos os médicos que me atenderam disseram ser um milagre ter sobrevivido ao raio, principalmente por não ter ficado com nenhuma sequela grave, além das queimaduras. A sensação é de que nasci de novo, enxergo a vida com outros olhos agora”, finaliza.
Sequelas mínimas
Setembrino Ferraz Júnior é um dos médicos que atendeu Leonilson após o acidente. Ele explicou que o rapaz “teve muita sorte” e sofreu sequelas mínimas.
“Com uma queimadura elétrica, o potencial de necrose muscular é muito grande. Dependendo dessa energia ser direta ou não, pode acontecer parada cardíaca, convulsão cerebral e perda da consciência. No caso dele, como a descarga provavelmente foi muito próxima, teve sequelas mínimas ou nem presentes, mais uma leve disfunção neurológica inicial, e ficou bem”, explica o médico.
Mortes por raio no Brasil
O Brasil é líder mundial em incidências de raios, com 70 milhões de descargas elétricas e cerca de 100 mortes por ano.
De acordo com Osmar Pinto Júnior, coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE), a elevação das temperaturas nas cidades são um fator agravante.
“Nos grandes centros urbanos existe um aumento local na incidência de tempestades e raios devido a um fenômeno chamado ilha de calor. Os asfaltos, os prédios e a poluição dos carros colaboram para o aumento da temperatura local, favorecendo um aumento na formação de mais tempestades, intensificando elas nas regiões”, explica.
– Fonte: g1.globo.com
– Foto: Arquivo Pessoal/Leonilson Pereira
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