Os acusados de violência doméstica no interior de São Paulo passarão a ser monitorados por tornozeleira eletrônica. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante uma visita à Sorocaba nesta terça-feira (20).
O projeto, que já vale na capital, será expandido para mais cidades do interior de São Paulo e deve ter início até abril, de acordo com Derrite. Segundo o secretário, é preciso aguardar a entrega das tornozeleiras por parte da empresa contratada para o serviço.
“O uso da tornozeleira eletrônica na capital, nós monitoramos 81 indivíduos agressores de violência contra a mulher. A medida protetiva deixou de ser um pedaço de papel e passou a ser usada a tornozeleira eletrônica […] Esse sucesso que foi o projeto piloto na capital nós vamos trazer para cá e, com isso, a gente busca reduzir os casos de feminicídio. A gente crê que, no máximo, até abril isso já vai estar implementado”, afirmou.
Ao menos sete casos de feminicídios foram registrados nas cidades da região de Itapetininga (SP), Jundiaí e Sorocaba somente nos primeiros 50 dias de 2024. Os dados são de um levantamento feito com base em informações das polícias Civil e Militar.
“Esse crime [violência doméstica e feminicídio], via de regra acontece em um ambiente onde a polícia tem uma grande dificuldade de atuar. Dentro das residências, entre as famílias, dentro da própria família. Então, o que nos cabe? Após o conhecimento do fato, tomar as medidas necessárias”, disse Derrite.
Com isso, os suspeitos que tiverem uma medida protetiva contra eles passarão a usar uma tornozeleira eletrônica que estará ligada a um sistema da Polícia Militar. Caso ele viole a medida, a polícia receberá um aviso e a viatura mais próxima do endereço da vítima irá até o local.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), nos dois primeiros meses de 2024, foram registrados quatro casos de feminicídio nas regiões de Sorocaba, Jundiaí e Itapetininga. Dois deles foram em Mairinque, um Itapetininga e um em Itu.
Já em relação aos 12 meses de 2023, as regiões registraram 41 casos de feminicídio.
– Fonte: g1.globo.com
– Foto: Marina Barbosa
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